quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Hotelaria não está aproveitando oportunidade mobile, diz estudo

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28/10/2013 - 16h42 | Fabíola Bemfeito - São Paulo
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Pesquisas recentes mostram que a conectividade – de qualidade – está entre os principais motivos que fazem o viajante escolher um bom hotel. Porém, os hotéis não estão aproveitando a oportunidade... Pelo menos, é o que diz o Trip Barometer do Trip Advisor. Isso porque o estudo revela que o setor de hotelaria globalmente não está atendendo às expectativas móveis dos viajantes atuais, e o Brasil não é uma exceção. Apesar do apetite que os viajantes estão exibindo por dispositivos móveis nas férias, aproximadamente um terço dos hotéis em todo o mundo (31%) e no Brasil (33%) não fazem nada para conquistar os usuários de dispositivos móveis.

Porém, apesar de, em 2013, somente 36% do setor hoteleiro em todo o mundo priorizar o marketing móvel, 53% deles planejam a expansão de sua oferta móvel em 2014. O setor hoteleiro brasileiro é um dos mais propensos a aumentar suas ofertas móveis nos próximos anos (62%), incluindo website com ambiente amigável para dispositivo móvel (34%), o recurso de reservas via dispositivo móvel (30%), e ofertas especiais específicas para dispositivos móveis (17%) (veja quadro acima).

Mas a oportunidade está aí. O estudo diz, por exemplo, que nove em cada dez viajantes em todo o mundo admitem utilizar a tecnologia móvel enquanto estão fora. Oitenta e sete por cento dos viajantes em todo o mundo e 91% dos viajantes brasileiros, reportaram o uso de dispositivos móveis durante suas viagens, de acordo com o estudo de tendências móveis e sociais do Trip Advisor.

INVEJA
O desejo de permanecer conectado com a família e amigos e o medo de estar por fora dos acontecimentos são os principais motivos desta crescente dependência da conexão móvel e uso de mídias sociais durante as férias. A pesquisa também revela que aproximadamente um em cada cinco viajantes no mundo usa as mídias sociais para falar sobre suas férias por meio de atualizações.

De acordo com a pesquisa, aproximadamente um a cada dez viajantes (8%) admitem usar mídias sociais durante as férias para “causar inveja aos amigos” e 11% afirmam que “não seria férias se todos os meus amigos não soubessem que eu estava lá”. No Brasil, 17% dos viajantes contam das férias nas mídias sociais, quase que com a mesma intensidade do restante da América do Sul (16%).

PLANEJAMENTO 
Além disso, um quarto dos viajantes em todo o mundo usou as mídias sociais no planejamento da sua última viagem para obter recomendações (72%), ver imagens e vídeos de onde eles queriam visitar (67%), encontrar inspiração para o que fazer e ver enquanto eles estivessem em viagem (60%), e para buscar ofertas (45%).

De acordo com o estudo, 61% dos viajantes em todo o mundo também estão utilizando pesadamente as mídias sociais durante suas férias para permanecerem conectados com seus amigos e família. O estudo revela que 74% dos viajantes brasileiros estão usando as mídias sociais enquanto estão na estrada e eles estão significativamente mais propensos a usá-las em busca de recomendações.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cota de apps nacionais para smartphones começa a valer hoje.

A partir desta quinta-feira, todos os smartphones produzidos no Brasil e beneficiados com isenção fiscal do governo (vendidos até R$ 1.500) deverão sair da fábrica com um pacote de pelo menos cinco aplicativos nacionais. Esse número vai aumentar gradualmente para 15 aplicativos em janeiro de 2014, 30 em julho de 2014 e 50 aplicativos em dezembro do ano que vem. O Ministério das Comunicacões divulgou, no Diário Oficial da União, a lista de aplicativos aprovados. No total, foram 94 softwares apresentados por 9 empresas. Ou seja, a média de apps por empresa foi superior a 10, o dobro do mínimo exigido para a data de hoje.
Os aplicativos serão oferecidos aos usuários de smartphones de diferentes formas: pré-instalados; disponibilizados por meio de guias de instalação (wizards); ou disponibilizados por meio de aplicação dedicada, embarcada, que conterá, em destaque, uma lista atualizável por meio da internet com hiperlinks para download e instalação dos aplicativos. Em qualquer opção, o consumidor terá a opção de decidir se quer baixar ou não os aplicativos disponíveis.
Segundo o diretor de Indústria, Ciência e Tecnologia do MiniCom, José Gontijo, o objetivo do governo é dar mais visibilidade aos sistemas desenvolvidos no país. "Hoje quando a gente entra numa loja dessas de aplicativos, raramente aparecem opções nacionais. Quando muito, há sistemas desenvolvidos no exterior e traduzidos para o português", explica.
Gontijo explica que a ideia não é obrigar o fabricante a fazer o aplicativo, nem criar algum tipo restrição ao mercado, mas fazer com que todo o setor seja beneficiado, em conjunto. Ele prevê que entre os mais beneficiados estarão os pequenos desenvolvedores de apps. Os fabricantes deverão promover concursos e eventos para selecionar aplicativos, o que, naturalmente, fomentará o setor. Além disso, a indústria deverá abrir um canal para receber propostas do pequeno desenvolvedor.
De acordo com a portaria do Ministérios das Comunicações, os aplicativos deverão ser disponibilizados em língua portuguesa e possuir indicação livre. Eles vão abranger diferentes categorias como educação, saúde, esportes, turismo, produtividade e jogos. Além dos aplicativos obrigatórios, o MiniCom poderá indicar a inclusão de outros apps nacionais. Nesse caso, eles serão apresentados em posição de destaque e deverão possuir utilidade pública, ser de serviços governamentais ou escolhidos por concurso.
A população poderá acompanhar o cumprimento da exigência de inclusão do pacote de aplicativos nacionais pelos fabricantes de smartphones. Qualquer denúncia sobre o descumprimento da medida pode ser encaminhada ao Ministério das Comunicações pelo email smartphone@mc.gov.br/.

Modelos beneficiados
Quase todas as fabricantes enquadraram aparelhos na lei que reduz os impostos federais (PIS/Pasep e Cofins). O UOL Tecnologia reuniu alguns deles nesta lista.

Texto publicado originalmente no site do Ministério das Comunicações

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Programa vai incentivar empresários do turismo a aumentar competitividade.

Embratur, Mtur e Sebrae selam acordo para dar cursos a micro e pequenos empresários do setor. Também serão feitos estudos comparativos com outros mercados turísticos

O governo federal e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) lançaram hoje o Programa de Competitividade do Turismo Brasileiro. O acordo foi assinado por Flávio Dino, presidente da Embratur; Gastão Vieira, ministro do Turismo; e Luiz Barreto, presidente do Sebrae. Entre as ações do programa está a realização de cursos para aprimorar a gestão empresarial de micro e pequenos empreendimentos turísticos.
Da esquerda para a direita, o presidente da Sebrae, Luiz Barreto, o ministro e o presidente da Embratur, Flávio Dino
Da esquerda para a direita, o presidente da Sebrae, Luiz Barreto, o ministro e o presidente da Embratur, Flávio Dino
“A entrada de turistas estrangeiros no Brasil deve, naturalmente, aumentar ao longo dos próximos três anos, graças à exposição garantida pelos megaeventos”, avaliou Dino. “Nossa grande preocupação deve ser a de dar sustentabilidade a esse crescimento após os megaeventos”. O presidente da Embratur acredita que a chave para a sustentabilidade é oferecer bons serviços a preços justos. “O programa lançado em parceria com o Sebrae é um grande passo nessa direção”.
O programa Turismo Competitivo também vai apoiar empresários para que consigam obter certificações de boas práticas, além de incentivar pequenos empreendimentos de ecoturismo e turismo de aventura a cumprirem normas de segurança. Outro serviço que será oferecido a empresários pelo Turismo Competitivo é o apoio à promoção e acesso a novos mercados, com o fornecimento de dados de mercado. Na opinião de Dino, os EBTs (Escritórios Brasileiros de Turismo), que serão instalados a partir de novembro, poderão contribuir com o ajuste fino de estratégias de mercado para essas empresas.
O presidente da Embratur fala durante a cerimônia de assinatura
O presidente da Embratur fala durante a cerimônia de assinatura
A Embratur e o Sebrae vão realizar viagens técnicas a destinos de excelência – os chamados benchmarking – para realizar relatórios que permitam estimular o uso das melhores práticas. Barreto, que foi ministro do Turismo entre 2008 e 2010, lembra que o Sebrae e a Embratur já realizaram outras ações de benchmarking em conjunto desde 2003, o que será retomado agora.

Um dos objetivos, segundo Barreto, é mapear as demandas por produtos desses segmentos que podem ser supridas por micro e pequenas empresas. “Esse é um segmento altamente democrático economicamente, graças à sua capilaridade e à possibilidade de pequenos empresários criarem estabelecimentos aproveitando pequenos nichos de mercado”, avalia Dino.